História da Cidade

História do município de Canhotinho - PE
O município de Canhotinho teve em 1812 o início do seu povoamento. Naquela época dois irmãos habitavam à margem do rio Canhoto, que até então não tinha nome um deles se estabeleceu no local onde ora se estende a conhecida rua da Estação, e o outro mais acima, ao norte, no lugarejo chamado de Canhoto, para as bandas do lajeiro e serra dos Bois. Sucede que este último ficou conhecido, por todos que o cercavam pelo apelido de canhoto, que mais tarde se transmitiu ao rio, como se este fosse de propriedade do referido senhor que ocupava um ponto único em todo o seu curso. O primeiro, já mencionado, era de estatura baixa e foi apelidado de Canhotinho, para que fosse diferenciado.
Canhotinho, extremamente devotado a são Sebastião, erigiu logo ima capela sob a invocação desse santo, nas proximidades de sua residência. Daí esse santuário do mártir defensor foi como que um chamamento a outros habitantes que, pela sua fé, se julgavam a salvo de outras habitações, originou-se a povoação que teve por nome o de seu fundador – Canhotinho. Desenvolvesse-se a cada dia, por influência da agricultura realizou a sua primeira feira em um domingo de 1856.
Em 2 de setembro de 1885 foi concluída a estação da linha férrea, e, no mês seguinte chegou a primeira locomotiva. Em 1892 Canhotinho já estava com seu comércio regularmente desenvolvido. No ano seguinte, construíram, em menos de 3 meses, a Igreja atual. Em 1897 chegou ao Município o Dr. William Butler, acompanhado de seu filho Humphrey, ambos médicos, aos quais Canhotinho muito deve, sob o ponto de vista sanitário. Foram construídos um templo evangélico, um colégio, uma casa de saúde e prédios residenciais.
O Distrito de Canhotinho Foi criado pela lei provincial nº. 1706, datada de 01 de junho de 1882 e a sua sede foi elevada à categoria de vila por decreto estadual nº. 21, de 02de outubro de 1890 data da (criação do município) que foi confirmado pela lei estadual nº. 52, datada de 03 de agosto de 1892 (organização municipal). Foi desmembrado do município de São Bento (hoje são Bento do Uma). A sua elevação a categoria de cidade foi efetivada pela lei estadual nº. 607, de 14 de maio de 1903.Constituiu-se em município autônomo em 23de janeiro de 1893.
Sabe-se que o Tenente Eduardo chegou às terras, onde atualmente localiza-se o Município de Canhotinho em 1848, onde encontrou duas casas: uma pertencia a José das Neves Camelo, localizada a beira de um caminho, e que mais tarde serviu de alinhamento à rua, hoje chamada “Rua da Estação”; a outra, pertencente a João Vidal dos Santos, onde posteriormente, em 1922, achava-se a casa comercial Mota & Irmãos. As terras encontradas pelo Tenente eram de propriedade do Sr. José das Neves Camelo, que residia num lugar, hoje chamado Sítio Tabocas.
Ao lado da casa do Sr. João Vidal dos Santos levantou-se um telheiro tosco, a que se deu o nome de Capela. No mesmo ano, em 1848, o Padre Lima veio de Pau Ferro e celebrou a primeira missa. No ano seguinte, em 1849, o Sr. José das Neves, foi intimado pelo Padre Nemesio a doar, a dita Capela. Satisfeito, o Sr. José das Neves, atendeu a intimação e doou de patrimônio uma área de terras de aproximadamente 500 (quinhentos) metros.
Em fins do ano de 1849, devido a uma volta que o caminho dava em torno de um poço formado pelo Rio Canhoto, às terras receberam o nome de “Volta”.
Sob a jurisdição do Município de São Bento do Una, o então povoado de Volta, teve, na pessoa do Tenente Eduardo, o primeiro inspetor de Quarteirão, que depois de realizar o exame de habilitação em Garanhuns, exerceu essa função até o ano de 1850, quando fora nomeado Subdelegado.
Em 1851, foram nomeados o Juiz de Paz o Sr. Francisco Ignácio de Paiva e seu escrivão o Tenente Eduardo José de Melo.
Em 1852, devido ao rio que marginava o povoado de Volta, a este foi chamado de Canhoto. Nome que mais tarde foi alterado por um missionário que passou em Santas Missões, para São Sebastião de Canhotinho.
Pouco a pouco, Canhotinho foi se povoando, até que em 1856, em um domingo, realizou-se a primeira feira, tendo como comerciante o Sr. Francisco dos Santos, vindo do município de Santo Antão.
Administrado pelas famílias Paiva e Mello, foi Canhotinho crescendo e progredindo, sendo em 1º de Julho de 1882, quando do Presidente da Província de Pernambuco, o Conselheiro José Liberato Barroso, criada sua primeira Freguesia pela Lei Provincial de nº 1.706, datada de 1 de julho de 1882 (que à época era uma espécie divisão administrativa), chamada de Freguesia de São Sebastião de Canhotinho, cuja sede foi a povoação do mesmo nome, tudo jurisdicionado ao termo de São Bento do Una, que por sua vez pertencia, nesse tempo, à comarca de Garanhuns.
Nesse mesmo ano (1882) a Assembleia Legislativa Provincial decretou e o Conselheiro Barroso, Presidente, sancionou a lei que mandava dar 2.000$000 (dois mil réis Ludovicos), para despesas com as obras da Igreja de Canhotinho.
Em uma quinta-feira de 19 de março de 1885, o Dr. Pinto Ribeiro marcou o local onde seria edificada a estação da linha de ferro, e em 2 de setembro do mesmo ano o subempreiteiro, Portella Junior, entregava ao Major Victorino, pronta a referida estação, havendo nessa ocasião, fogos, música, um banquete de 70 (setenta) talheres e animado baile oferecido ao subempreiteiro ao Dr. Souza Reis.
Criou-se nesse tempo o distrito de Calçado.
Ainda nesse mesmo ano (1885), foram numeradas todas as casas e dados nomes às ruas da Freguesia. Ao pátio chamou-se Pátio do Comércio; à rua que ficava a beira do caminho aonde se ia à estação, Rua da Estação; ao trecho que até então era conhecida como rua Padre Lima, Praça 19 de Agosto, em memória da vitória do Partido Conservador; à que fica em frente à Igreja à esquerda, Rua do Crespo, ao largo do Açougue, Largo da Concórdia; e finalmente a rua que se chamava “Manoel Ignacio”, Rua São Sebastião.
No dia 2 de outubro, ainda de 1885, a população de Canhotinho foi despertada pelo sibilo da primeira máquina que, rompendo mil obstáculos, vitoriosamente saudava o povo, sendo recebida a foguetes, música e outras manifestações de comemoração. Eram 5 (cinco) horas da tarde quando chegou com a máquina estreante, Souza Leão, a última parelha de trilhos da estação.
No dia 21 de novembro, presentes o Presidente da Província e o Chefe de Polícia, foi oficialmente inaugurada a referida estação, e no dia 23 o comércio, satisfeito, realizou estrondosa festa, havendo passeata.
Em 13 de janeiro de 1886 houve a inauguração da primeira máquina a vapor, que beneficiava o transporte do algodão, e tinha força de 10 (dez) cavalos. O Sr. Portella Junior era o proprietário. Por esse acontecimento sensacional, houve também muita festa, fogos, músicas e cerveja.
Descrevendo brilhantemente, Costa Porto (1978:35) relata que graças ao “trem de ferro”, a Povoação da Volta começou a desenvolver-se a galope, constituindo-se, nas três primeiras décadas de 1900, centro de polarização da vida regional, em empório da produção agro-pecuária das redondezas que procurava os grandes mercados do tempo – Recife e Maceió – e, do mesmo passo, praça redistribuidora dos gêneros provenientes das capitais, multiplicando-se as casas de comércio – fazendas, secos e molhados, louças, cutelarias, padarias e lojas de todo gênero – ao lado dos armazéns de compra em grosso – farinha, café, feijão, mamona, algodão, peles – intensa a vida social e religiosa – “santas missões”, festas litúrgicas, com novenários ruidosos, notadamente às de Nossa Senhora da Conceição e São Sebastião, - trepidação política agitadíssima, figurado entre os núcleos urbanos mais fervilhantes do interior.
Por decreto de 28 de junho de 1890, sendo então o governador da Província o Barão de Lucena, foi Canhotinho elevado a categoria de Vila, sendo esta notícia recebida com muita alegria pelo povo, que imediatamente fez subir aos ares várias girândolas.
Em agosto foi nomeada a primeira Intendência (O Serviço de Intendência é encarregado das atividades de suprimento: alimentos; fardamento e equipamento; combustíveis, óleos e lubrificantes; reembolsáveis;) e outros, sendo o s seus membros os seguintes cidadãos: Francisco Ingnacio de Paiva, Presidente; A. Alves Maia, Alferes Leopoldino P. A. Rego, Alferes Domingues Cavalcanti, Alferes Paulino de Souza, e em 29 de setembro a vila foi inaugurada.
Por decreto nº. 21 de 2 de outubro do mesmo ano, passou Canhotinho a ser Comarca, ainda durante o governo do Barão de Lucena. Tal acontecimento fez com que todo povo delirasse e percorresse as ruas em passeatas soltando fogos e vivas entusiasmados. Tinha, Canhotinho, alcançado a sua maior aspiração. Novos horizontes se abriram para os destinos de seus humildes habitantes e só por isto muito justo foi a sua comemoração ao ter notícia do decreto promissor.
Por decreto de 18 de fevereiro de 1891, sendo o governador o Estado o Desembargador José Antônio Correia da Silva, foi criado o distrito de Paquevira. Em 18 de março, do mesmo ano, também por decreto, foram traçados os limites do Distrito de Sobrado, que por sua vez, fora criado em 1890.
Em 13 de maio de 1891, Canhotinho foi dotado de grande melhoramento, constituindo iluminação pública composta por 12 (doze) lampiões, sendo que quem arcava com as despesas do querosene eram as pessoas que residiam nas proximidades onde os postes foram colocados.
Atravessava Canhotinho, nessa época, uma fase de prosperidade. Dada as vantagens de que era dotado, ia se desenvolvendo como empório comercial, pois, só dentro da cidade se encontravam 23 (vinte e três) casas de negócio, afora 11 (onze) em Palmeira, 7 (sete) em Calçado, 3 (três) em Jupy e 1 (uma) em Lajedo. Em todo o Município existiam 7 (sete) máquinas de beneficiar algodão, e engenhos em número superior a 47 (quarenta e sete). Relativamente à Educação, à época, muito promissora, contava com 8 (oito) escolas.
Entre os anos de 1892 a 1895 Canhotinho atravessou um período de agitações, lutas e retalhamentos políticos, que tiveram como consequência mortes e outros crimes.
Em outubro 1893 a Igreja do Município passou por uma grande reforma, e teve sua reinauguração em 7 (sete) de novembro do mesmo ano.
Vindo de Garanhuns, em 1897, chegou a Canhotinho o Dr. George W. Butler, médico e missionário americano. Inicialmente foi recebido, no município com certa hostilidade, contudo, foi pouco a pouco se harmonizando com o povo da terra, até fazer um grande número de admiradores, que viam na sua pessoa um bom médico e excelente cirurgião, pela afabilidade de seu gênio.
Possuindo características de homem forte, e concretizando os seus planos em ação com o espírito altamente progressista, mostrou-se o Dr. Butler um persistente trabalhador pelo progresso material de Canhotinho. Por sua iniciativa foram construídos no Alto da Parazita um templo Evangélico, um Colégio e uma Casa de Saúde, afora outros prédios residenciais particulares.
Afirma, ainda o ilustre David Gueiros Vieira (2008:183) que o hospital, o colégio e a casa particular do Dr. Butler foram construídos com verbas resultantes das vendas das orquídeas.
O Dr. Butler fez em Canhotinho, como médico operador, uma vida pública, tornou-se muito conhecido ao só no Município, como em todo o Estado e até fora dele, fazendo em companhia de seu filho, também médico, o Dr. Humphrey Butler, curas admiráveis.
Canhotinho foi túmulo em 1919 do Dr. Butler, e em 1922 de seu filho Humphrey Butler.
Em 1899 continuavam as divergências e embates políticos, constantes no Município, que eram regados por muita violência, emboscada, mortes e inúmeros outros crimes. O desenvolvimento sócio-econômico de Canhotinho despertava a ambição de muitos. O ódio existente entre os partidos políticos locais causavam inúmeras cenas de perturbação da ordem pública, o que por diversas vezes exigiu a intervenção do Governador do Estado.
Em 14 de maio de 1903, Canhotinho até então Vila, passou a ser cidade com a denominação de São Sebastião, em virtude da Lei nº 607, sancionada pelo Governador Antonio Gonçalves Ferreira .
Em 6 de julho do mesmo ano iniciou-se o calçamento da rua da Estação e do Pátio do Comércio, constituindo esse melhoramento o maior benefício que já se fizera a esta terra, até aquela data.
No ano seguinte, em 29 de junho de 1904, em virtude de disposições transitórias da Lei nº 697, art. 70, passou Canhotinho a ser termo da Comarca de São Bento do Una.
Passados 10 (dez) anos, no governo do General Dantas Barreto, Canhotinho foi desanexado da Comarca de São Bento do Una, e passou a pertencer, em virtude da Lei nº. 1.226 de 06 de junho à Comarca de Garanhuns.
No ano de 1917 o Município de Canhotinho foi acometido de uma terrível epidemia, durante a administração, do então prefeito, João Francisco Motta, que se mostrou um homem de extrema dedicação, bom coração e amor ao próximo.
O prefeito João Francisco Motta faleceu em 25 de março de 1917, vítima da epidemia que ele tão caridosamente enfrentou para socorrer os desvalidos. Seu corpo acha-se sepultado na capela do Engenho Crauatá, de sua propriedade, à época.
Por iniciativa do Dr. Luiz Correia, ainda com vida do Cel. João Francisco da Motta, foi organizada uma campanha de ações para iluminação elétrica da cidade. Vitoriosamente a ideia, foi pouco a pouco se tornando a mesma em realidade até que em 1917, Canhotinho resplandecia ao clarão da nova luz.
Afirmam Dr. Batista de Almeida e o Prof. Cícero Siqueira (1922:38) que Canhotinho, estava judiciariamente dividido em 7 (sete) distritos assim distribuídos: 1º cidade; 2º Glicério ou Paquevira; 3º Tipy; 4º Calçados; 5º Lajedo; 6º Jupy; 7º Palmeirina. Tinha eclesiasticamente duas freguesias: a de Canhotinho propriamente dita e a de Palmeirina. Sua população, segundo o recenseamento feito em 1920, é de 54.251 (cinqüenta e quatro mil, duzentos e cinqüenta e um) habitantes.
Em meio à jornada ascensional, esclarece o ilustre historiador Costa Porto (1978), Canhotinho foi, porém, pouco a pouco, sofrendo processo agudo de involução. Ângulo material de peso, a topografia da cidade não ajudava a expansão: sítio acidentado, de altos e baixos, dificultando a contração urbana. Por outro lado, a crise da quadra que se seguiu à Grande Guerra, de 1914, acabou arruinando-lhe o comércio, fechando as portas, um a um, os antigos estabelecimentos que lhe embasavam o desenvolvimento – lojas, armarinhos, armazéns de cereais, etc. – registrando-se o êxodo da gente da terra e adventícios, enquanto a produção rural estacionava, ou mesmo regredia, estagnando-se do mesmo passo a movimentação social, política e religiosa, prenuncio de marasmo, quando não de retrocesso.
Com o correr dos anos, entretanto, o trem de ferro perde terreno para o caminhão, quem embora mais oneroso, era mais rápido e mais cômodo, porque ensejava a entrega das cargas de “porta em porta”, o que contribuiu para a involução de outras eras, liquidando assim, os trilhos das locomotivas.
Corroborando com este entendimento Costa Porto (1978) esclarece que a construção do sub-tronco São Caetano a Garanhuns, que atravessava Lajedo, lhe imprimiu galopante surto renovador, permitindo-lhe a escalada célere, passando de distrito a Município e acabando de suplantar a antiga sede, imersa em dormência letárgica de que não mais logrou ressurgir.
TRABALHANDO POR UM NOVO RECOMEÇO
Durante muito tempo o Município de Canhotinho sofreu com um acelerado processo de involução. Fechamento das principais casas de comércio e a extinção da Estação Ferroviária, que foram decisivas para o declínio drástico que acometeu, não só ó município, mas todo o país.
Foram anos muito difíceis para os canhotinhenses. Houve nesse tempo, drástica queda econômica no município que fizeram com que Canhotinho perdesse a força política/econômica que exercia no Estado.
Mesmo com o processo de involução, não apenas do Município, mas de todo país, com o passar do tempo, Canhotinho, graças ao empenho e garra dos canhotinhenses, foi mudando este cenário.
No período em que compreenderam os anos de 1952 à 1955, o Município foi administrado pelo Mons. Otoniel de Siqueira Passos em sua gestão realizou grandes obras, tais como a construção do prédio da Escola “Pe. Antônio Callou, de Alencar” inaugurada em 04 de junho de 1953 – primeira Escola estadual no município. Do prédio da antiga LBA (onde funciona a Secretaria de Saúde), da Praça da Bandeira (atual Praça Clóvis Vidal), além de muitas outras benfeitorias na área rural.
Dentre as tantas administrações que já tivera o Município, eis que nos anos de 1964 a 1968, assume a prefeitura, aquele que seria maior liderança política que Canhotinho já conheceu, Lourival Mendonça de Barros.
Foi nessa gestão que Canhotinho foi contemplada com as maiores obras urbanísticas já desenvolvidas, até os dias atuais. Lourival Mendonça de Barros foi responsável pelos calçamentos da maioria das ruas, bem como o sistema de esgoto da cidade, construção e restauração de praças; implantou a energia elétrica nos distritos. No setor educacional construiu e ampliou várias escolas na cidade e nos distritos; doou um terreno que foi destinado à construção da Escola Estadual Jerônimo Gueiros; nomeou várias professoras por parte do Estado para que pudessem lecionar na zona rural. Tinha grande preocupação com as estradas que davam acesso aos distritos e municípios vizinhos, e mesmo não tendo maquinários a seu dispor, reunia turmas de trabalhadores para manutenção das estradas. Na área da saúde construiu a Maternidade, a qual atribuiu o nome de sua avó, Antônia Alves de Melo, beneficiando às mães carentes da região. Pensando no esporte e no lazer construiu o Clube Intermunicipal de Canhotinho, juntamente com o Estádio José Maria de Freitas.
Lourival Mendonça de Barros administrou Canhotinho com excelência por dois mandatos (o primeiro mandato foi do ano de 1964 a 1968; o segundo mandato de 1977 a 1982) que foram prorrogados por mais dois anos cada um, permanecendo assim como prefeito da cidade por 11 (onze) anos. Casado com Edite Porto Mendonça de Barros, teve 6 (seis) filhos, dos quais 3 (três) seguiram seus passos e ingressaram na vida política, Carlos Porto de Barros, Eduardo Porto, Álvaro Porto de Barros.
Posteriormente, durante a administração de Bolivar Vidal dos Santos (1973 – 1977), por meio do então Governador do Estado, Eraldo Gueiros Leite, filho de Canhotinho, foi implantado no Município o Presídio Agrícola (atual Centro de Ressossialização do Agreste – CRA), que inicialmente tinha capacidade para 80 (oitenta) detentos.
Entre os anos de 1983 e 1988 o Município de Canhotinho viveu mais uma brilhante administração, com a gestão de Waldemar José de Torres. Seu Waldemar, como é conhecido, era considerado, à época, um prefeito visionário pelas obras que desenvolveu.
Waldemar Torres foi o fundador da Agrovila de São Jaques; comprou e doou as terras que originaram o Bairro Elisa Holanda; criou a COHAB II em parceria com o BNH; implantou a primeira lavanderia pública e o primeiro posto telefônico popular na sede e nos distritos; trouxe a iluminação a vapor de sódio, novidade esta, não apenas no município, mas no Agreste Meridional; forneceu o primeiro bloco cirúrgico e laboratório público para realização de exames bioquímicos; criou e restaurou as principais praças da cidade, dentre as quais vale apena destacar as Palmeiras Imperiais plantadas na entrada da cidade, e a praça Dr. Teófilo de Holanda Cavalcanti, localizada no centro da cidade, que possui um belíssimo painel feito em azulejo; no âmbito educacional, criou e reformou escolas na sede e nos distritos; foi o primeiro prefeito do Agreste Meridional a oferecer transporte escolar para transportar os alunos para as cidades de Garanhuns e Belo Jardim.
Ficou conhecido como um prefeito popular, pois pensava sempre no bem-estar dos menos favorecidos. Outro ponto de sua administração, que ainda é muito lembrado pelos canhotinhenses é que nas praças e mercados públicos, Waldemar Torres, colocou televisões para que, os que não possuíam esse aparelho, pudessem assistir às novelas e noticiários da época.
Casado com Marlene Magalhães Torres, pai de 3 (três) filhos, Waldemar José de Torres, depois de cumprir seu mandato de prefeito, foi eleito como vice-prefeito por 3 (três) vezes e continua prestando serviços de relevante valor ao povo canhotinhense.
Terça 14 Mar 20174562 visitas